Começo este texto com um
trecho de uma Crônica de Machado de Assis: (Crônicas de Bons dias!, 5
de abril de 1888.) Bons dias! Foi o nome que Machado de Assis deu á série
de crônicas publicadas na Gazeta de Notícias, de 1888 a 1889.
“Se lhes disser desde já, que não tenho papas na língua, não me tomem por homem despachado, que vem dizer coisas amargas aos outros. Não, senhor: não tenho papas na língua.”“Deste modo, venha donde vier o reproche, espero que daí mesmo venha a absolvição” (“Advertência”, em Papéis Avulsos.”)
Machado é, um dos maiores, talvez o maior, ícone da literatura brasileira, escreveu diversos artigos, diversas crônicas, mas sem dúvida, foi em Memórias Póstumas de Brás Cubas, que ficou eternamente lembrado, e farei, com todo o respeito, uma relação entre frases e citações dessa grande obra de Machado, um Historiador, que em determinado momento fez parte dessa “História”, e o fato acontecido na Academia Brasileira de Letras, no último dia 12 de abril de 2011.De antemão peço desculpas á Machado, aos grandes intelectuais da literatura, e as Letras, pela minha petulância em me meter em uma área tão nobre, mas não pude me conter...
“A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se não te agradar, pago-te com um piparote, e adeus” (“Ao Leitor”, Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881.)
A primeira edição de Memórias Póstumas de Brás Cubas, foi feita aos pedaços, pelos anos de 1880, na Revista Brasileira.Capistrano de Abreu, noticiando a publicação do livro, perguntava: ‘As memórias póstumas são um romance?
“Lendo essa pergunta-crítica, fiquei curioso em saber, quem seria esse tal de Capistrano de Abreu para se referir dessa forma á Machado de Assis??? Fiz uma pesquisa rápida sobre esse senhor, e lhes passo um pouco da sua biografia.”
João Capistrano Honório de Abreu (1853 - 1927) se dedicou ao estudo da história colonial brasileira. Trabalhou como professor, foi colaborador do jornal O Globo, redator da Gazeta de Notícias e oficial da Biblioteca Nacional. Um dos primeiros grandes historiadores do Brasil, produziu ainda nos campos da etnografia e da linguística. A sua obra é caracterizada por uma rigorosa investigação das fontes e por uma visão crítica dos fatos históricos, e suas pesquisas fazem contraponto à de Francisco Adolfo de Varnhagen (outro grande Historiador brasileiro patrono da cadeira nº 39 da Academia Brasileira de Letras).
“Bom... um grande Historiador, rigoroso nas investigações das fontes e crítico dos fatos históricos, que fazia contraponto as ideias e as pesquisas de outro grande Historiador... Contraponto a outro Historiador, é normal, e aceitável, mas criticar Machado de Assis?!.. isso é uma afronta, pensei!...”
“Mas, outro fato da História de Capistrano aguçou ainda mais a minha atenção.”
Capistrano de Abreu foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, MAS NÃO QUIS TOMAR POSSE. ”... como?... é o sonho de todo escritor!?.. além de afrontar Machado, é arrogante a tal ponto?!...
“Hoje, vendo Ronaldinho Gaúcho, recebendo a Medalha Machado de Assis, honraria
máxima da ABL, venho por meio desse texto, pedir desculpas publicamente ao
Historiador Capistrano de Abreu, pelos meus pensamentos equivocados, e
desinformados a seu respeito, “perdão Capistrano”, você como grande
Historiador, e crítico, desde tempos imemoriais, já sabia o que se passava no
reino podre da ABL. Sinto-me honrado em pesquisar, e em falar, sobre alguém tão
legítimo e digno como você, e saiba que a sua cadeira é a de número 1 na
Academia MUNDIAL das pessoas á quem devemos respeito, e a sua medalha não é de
metal algum, mas sim de honra, parabéns.
As medalhas semelhantes a que foi oferecida ao Ronaldinho Gaúcho, pelo então presidente da ABL Marcos Vinicios Vilaça, devido a oxidação blasfêmica desse fato, devem ter causado a ferrugem da vergonha, as cadeiras dos imortais da ABL, se tivessem vida própria, viriam a se quebrar, uma a uma, como protesto, e Machado de Assis, já falecido, e que deus o tenha, só restam as palavras que deixou, e que selecionei, que refletem bem o que senti.”
“Escrevi-a com a pena da galhofa (verbo galhofar: zombar, folgar, fazer rir) e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que irá sair desse conúbio (ligação, união, casamento).” (Brás Cubas).
“Só encontrei uma frase de Capistrano que, como em Bons dias, de Machado de Assis, não tinha papas na língua, caberia como exclamação ao excelentíssimo presidente Marcos Vinicios Vilaça.”
Constituição Brasileira, artigo único: todo brasileiro fica obrigado a ter vergonha na cara. (Capistrano de Abreu)
Prof. Eliandro. |
“Se lhes disser desde já, que não tenho papas na língua, não me tomem por homem despachado, que vem dizer coisas amargas aos outros. Não, senhor: não tenho papas na língua.”“Deste modo, venha donde vier o reproche, espero que daí mesmo venha a absolvição” (“Advertência”, em Papéis Avulsos.”)
Machado é, um dos maiores, talvez o maior, ícone da literatura brasileira, escreveu diversos artigos, diversas crônicas, mas sem dúvida, foi em Memórias Póstumas de Brás Cubas, que ficou eternamente lembrado, e farei, com todo o respeito, uma relação entre frases e citações dessa grande obra de Machado, um Historiador, que em determinado momento fez parte dessa “História”, e o fato acontecido na Academia Brasileira de Letras, no último dia 12 de abril de 2011.De antemão peço desculpas á Machado, aos grandes intelectuais da literatura, e as Letras, pela minha petulância em me meter em uma área tão nobre, mas não pude me conter...
“A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se não te agradar, pago-te com um piparote, e adeus” (“Ao Leitor”, Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881.)
A primeira edição de Memórias Póstumas de Brás Cubas, foi feita aos pedaços, pelos anos de 1880, na Revista Brasileira.Capistrano de Abreu, noticiando a publicação do livro, perguntava: ‘As memórias póstumas são um romance?
“Lendo essa pergunta-crítica, fiquei curioso em saber, quem seria esse tal de Capistrano de Abreu para se referir dessa forma á Machado de Assis??? Fiz uma pesquisa rápida sobre esse senhor, e lhes passo um pouco da sua biografia.”
João Capistrano Honório de Abreu (1853 - 1927) se dedicou ao estudo da história colonial brasileira. Trabalhou como professor, foi colaborador do jornal O Globo, redator da Gazeta de Notícias e oficial da Biblioteca Nacional. Um dos primeiros grandes historiadores do Brasil, produziu ainda nos campos da etnografia e da linguística. A sua obra é caracterizada por uma rigorosa investigação das fontes e por uma visão crítica dos fatos históricos, e suas pesquisas fazem contraponto à de Francisco Adolfo de Varnhagen (outro grande Historiador brasileiro patrono da cadeira nº 39 da Academia Brasileira de Letras).
“Bom... um grande Historiador, rigoroso nas investigações das fontes e crítico dos fatos históricos, que fazia contraponto as ideias e as pesquisas de outro grande Historiador... Contraponto a outro Historiador, é normal, e aceitável, mas criticar Machado de Assis?!.. isso é uma afronta, pensei!...”
“Mas, outro fato da História de Capistrano aguçou ainda mais a minha atenção.”
Capistrano de Abreu foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, MAS NÃO QUIS TOMAR POSSE. ”... como?... é o sonho de todo escritor!?.. além de afrontar Machado, é arrogante a tal ponto?!...
As medalhas semelhantes a que foi oferecida ao Ronaldinho Gaúcho, pelo então presidente da ABL Marcos Vinicios Vilaça, devido a oxidação blasfêmica desse fato, devem ter causado a ferrugem da vergonha, as cadeiras dos imortais da ABL, se tivessem vida própria, viriam a se quebrar, uma a uma, como protesto, e Machado de Assis, já falecido, e que deus o tenha, só restam as palavras que deixou, e que selecionei, que refletem bem o que senti.”
“Escrevi-a com a pena da galhofa (verbo galhofar: zombar, folgar, fazer rir) e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que irá sair desse conúbio (ligação, união, casamento).” (Brás Cubas).
“Só encontrei uma frase de Capistrano que, como em Bons dias, de Machado de Assis, não tinha papas na língua, caberia como exclamação ao excelentíssimo presidente Marcos Vinicios Vilaça.”
Constituição Brasileira, artigo único: todo brasileiro fica obrigado a ter vergonha na cara. (Capistrano de Abreu)
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VÍDEO COM COMENTÁRIOS
DE LUIZ CARLOS PRATES (Santiago, Rio
Grande do Sul, 26
de janeiro de 1943) Jornalista, Radialista e Psicólogo brasileiro. Conhecido por suas participações como comentarista
em jornais locais da Rede Globo e do SBT. Prates faz críticas políticas e sociais relacionadas
aos acontecimentos nacionais.
VÍDEO COM COMENTÁRIOS DE RALF PETER .
Ralf é Alemão por nascimento, mas brasileiro de
coração e opção. É formado em Direito e Comunicação Social. É Professor de
Direito para os graduandos em Comunicação da FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO
e ANHEMBI MORUMBI.
Ralf assina uma coluna semanal no Jornal Empresas e
Negócios, que vai ao ar semanalmente pela www.clictv.com.br
hospedada no Portal UOL
Eliandro Verissimo
Um comentário:
Gostaria de agradecer ao meu amigo Eliandro Verissimo por ter aceitado minha sugestão de ir mais a fundo em sua pesquisa sobre o grande historiador Capistrano de Abreu. Desejo que se torne um grande historiador, pois potencial você tem e muito. Tenha muita sorte e alegrias em sua vida acadêmica.
Seu amigo Lucas Mello.
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