sexta-feira, 21 de setembro de 2012

VIVA Á REVOLUÇÃO FARROUPILHA


REVOLUÇÃO FARROUPILHA

FATORES EXTERNOS:
- A PROVÍNCIA DO Rio Grande do Sul fazia fronteira com as regiões recém-libertas da Espanha, que tinham como governo estabelecido uma REPÚBLICA.

FATORES INTERNOS:
- Por ser uma região que fazia fronteira com as antigas colônias espanholas, era uma região que sempre foi comandada por CHEFES MILITARES, que ganhavam essas terras por meio de concessão do governo onde deveriam protegê-las.



- Era uma região com grandes fazendas, mas onde não eram produzidos nenhum tipo de alimento específicos para comércio externo, como o CAFÉ em SÃO PAULO e o AÇUCAR em PERNAMBUCO. Havia um grande comércio de Charque, mas somente no mercado interno, devido também e principalmente aos altos impostos do IMPÉRIO BRASILEIRO.




Ao longo da história econômica da região sul, a pecuária tornou-se um dos principais focos da economia gaúcha. Ao longo do processo de diversificação das atividades econômicas do país, os estancieiros (fazendeiros) sulistas tornaram-se os principais produtores de charque do Brasil. Esse produto, devido sua importância nos hábitos alimentares da população e seu longo período de conservação, articulava a economia agropecuária sulista com as regiões Sudeste e Centro-oeste do país.

Durante o Primeiro Reinado e Regência, vários impostos impediam a ampliação dos lucros dos fazendeiros sulistas em consequência do encarecimento do preço final do charque gaúcho.

O INÍCIO DA REVOLUÇÃO

LENÇO FARROUPILHA

Em 20 de setembro de 1835, inconformados com o descaso das autoridades imperiais, um grupo liderado por Bento Gonçalves exigiu a renúncia do presidente da província do Rio Grande do Sul, e foi escolhido como Presidente da Província Marciano Pereira Ribeiro, e como comandante das armas, Bento Manuel Ribeiro.



A BATALHA DO SEIVAL
A BATALHA DO SEIVAL foi um conflito militar que “INICIOU” a proclamação da República Rio-Grandense por ANTÔNIO DE SOUSA NETO. O embate deu-se nos campos dos Meneses, CRUZANDO OS CAMPOS DO SEIVAL.
A PRIMEIRA BRIGADA DO COMANDANTE NETO, com 400 HOMENS, 

encontrou as tropas de Silva Tavares sobre uma coxilha, COM 560 HOMENS.



VÍDEO DA BATALHA DO SEIVAL
“CERTAMENTE SEREI CENSURADO POR ESSA FORMA DE ORGULHO, MAS SE TIVEREM QUE ME CENSURAR POR ALGUMA COISA, QUE ME CENSUREM PELO ORGULHO” (Comandante Netto).

O RESULTADO DESTE CONFLITO FOI, ficarem os revoltosos quase intactos, enquanto houve 180 mortos, 63 feridos e 100 prisioneiros do lado dos imperiais.

NEGROS LANCEIROS

ERAM NEGROS
CAMPEIROS, DOMADORES, CHARQUEADORES, TROPEIROS de Pelotas e Piratini
ELES SE INTITULAVAM OS FILHOS DA LIBERDADE
e eram EXCELENTES GUERREIROS na época não usavam escudo e sim um poncho um tipo de vestimenta de Gaúcho que e tipo uma capa pra dia frio e de chuva.
Eram bons de boleadeiras uma arma usada pra caçar, que era um laço com duas bolas na ponta


Eram rústicos e disciplinados. FAZIAM A GUERRA À BASE DE RECURSOS LOCAIS, COMIAM SE HOUVESSE ALIMENTO E DORMIAM EM QUALQUER LOCAL, TENDO COMO TETO O FIRMAMENTO DO RIO GRANDE DO SUL e de Santa Catarina
A maioria montava a cavalo quase que em pêlo, a moda charrua.
Seu vestuário era constituído de sandálias de couro cru, um colete recobrindo o tronco e na cabeça uma vincha vermelha símbolo de República.
Os Corpos de Lanceiros Negros conquistaram a Liberdade, lutando pela República Rio-Grandense nos campos de batalha. 


Após o final da Revolução Farroupilha o Império respeitou suas liberdades pela cláusula IV da Paz de Ponche Verde. “São livres e como tais reconhecidos todos os cativos que serviram à República".


Eram armados também com adaga ou facão e, em certos casos, algumas armas de fogo em determinadas ocasiões.
Como lanceiros não fizeram uso de escudos de proteção, tão comuns na História Militar dos povos.
Os seus grosseiros ponchos de lã – bicharás, serviram-lhes de cama, cobertor e proteção do frio e da chuva.
Quando em combate a cavalo, enrolado no braço esquerdo, o poncho (bichará) servia-lhes para amortecer ou desviar um golpe de lança ou espada.
No corpo a corpo desmontado, servia para aparar ou desviar um golpe de adaga ou espada em cuja esgrima eram habilíssimos, em decorrência da prática continuada do jogo do talho, nome dado pelo gaúcho à esgrima simulada com faca, adaga ou facão.

VÍDEO COM MÚSICA EM HOMENAGEM AOS LANCEIROS NEGROS
Alguns poucos eram hábeis no uso das boleadeiras como arma de guerra, principalmente para abater o inimigo longe do alcance de sua lança, quer em fuga, quer manobrando para obter melhor posição tática.

A DECLARAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA SUL RIO-GRANDENSE
Com a vitória na BATALHA DO SEIVAL os farroupilhas comemoraram vibrantemente a vitória. Cresceu a vontade separatista de conquistar e manter um país rio-grandense independente, entre as nações do mundo”.

A 29 de agosto de 1838 lança seu mais importante manifesto aos rio-grandenses onde justifica as irreversíveis decisões tomadas em favor da libertação do seu povo:

"Toma na extensa escala dos estados soberanos o lugar que lhe compete pela suficiência de seus recursos, civilização e naturais riquezas que lhe asseguram o exercício pleno e inteiro de sua independência, eminente soberania e domínio, sem sujeição ou sacrifício da mais pequena parte desta mesma independência ou soberania a outra nação, governo ou potência estranha qualquer. Faz neste momento o que fizeram tantos outros povos por iguais motivos, em circunstâncias idênticas".

GIUSEPPE GARIBALDI
(Nice, 4 de julho de 1807 — Caprera, 2 de junho de 1882) 
Foi alcunhado de "HERÓI DE DOIS MUNDOS"

“EM FEVEREIRO DE 1834 tomou parte da fracassada insurreição de Gênova, SENDO CONDENADO À MORTE por uma corte genovesa. REFUGIOU-SE EM MARSELHA E, EM 1835, FUGIU PARA A TUNÍSIA, CHEGANDO DEPOIS AO RIO DE JANEIRO. Com 28 anos iniciava seu primeiro exílio”.

Eu vi corpos de tropas mais numerosas, batalhas mais disputadas, mas nunca vi, em nenhuma parte, homens mais valentes, nem cavaleiros mais brilhantes que os da bela cavalaria rio-grandense, em cujas fileiras aprendi a desprezar o perigo e combater dignamente pela causa sagrada das nações.

Quantas vezes fui tentado a patentear ao mundo os feitos assombrosos que vi realizar por essa viril e destemida gente, que sustentou, por mais de nove anos contra um poderoso império, a mais encarniçada e gloriosa luta!



O FIM DA REVOLUÇÃO FARROUPILHA
EM 1844, DEPOIS DA DERROTA FARROUPILHA NA BATALHA DE PORONGOS, UM GRUPO DE LÍDERES SEPARATISTAS FOI ENVIADO À CAPITAL FEDERAL PARA DAR INÍCIO ÀS NEGOCIAÇÕES DE PAZ. Após várias reuniões, estabeleceram os termos do Convênio do Ponche Verde, EM MARÇO DE 1845. COM A ASSINATURA DO ACORDO FOI CONCEDIDA ANISTIA GERAL AOS REVOLTOSOS, o saneamento das dívidas dos governos revolucionários e a libertação dos escravos que participaram da revolução.

O LEGADO DA REVOLUÇÃO FARROUPILHA
O Principal legado da REVOLUÇÃO FARROUPILHA foi o Regionalismo, ou melhor, Patriotismo por sua terra, por seu Estado-nação, que envolve e transforma e influencia todas as áreas e todas as pessoas, repassando  de geração em geração um sentimento que jamais acabará ou se renegará.


A HISTÓRIA DO HINO DO RIO GRANDE DO SUL


Dizendo: “QUE SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS DE MODELO Á TODA TERRA”, isso é algo atrevido, mas que faz parte da nossa Cultura...
“Ele não é um hino de louvação á terra, ele é uma marcha, uma marcha heroica”
(Moacyr Flores – Historiador Gaúcho)

“faltava algo que traduzisse esse engajamento entusiástico da causa FARROUPILHA, a BANDEIRA, o BRASÃO, o HINO, para caracterizar uma unidade política, de soberania principalmente...
(Emiliano Limberger – Historiador Gaúcho)

“ele é um Hino de registro que vai ficar como um documento histórico unicamente e o seu efeito vai ser mais para as gerações futuras...
“...Não se trata mais daquela questão histórica da Revolução Farroupilha, o gauchismo é uma cultura pós-Moderna, ela é uma construção da indústria cultural baseado fundamentalmente, na imagem, nos seus rituais e na sua trilha sonora, e a sua trilha sonora mais expressiva é o HINO RIO-GRANDENSE...” (Tau Golin – Historiador Gaúcho)



“...Eu sou apaixonado por esse hino, me emociono cada vez que ouço (Antônio Borges-Cunha – Maestro gaúcho)




“...O Mendanha compõe um Hino que passa a representar POR TODO O SEMPRE a alma Rio-Grandense...” (Celso Loureiro Chaves – Músico Gaúcho).

MAESTRO JOSÉ JOAQUIM DE MENDANHA


VÍDEO DA RBS CONTANDO A HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DO HINO DO RIO GRANDE DO SUL


HINO DO RIO GRANDE DO SUL


TORCIDA DO INTERNACIONAL CANTANDO O HINO DO RIO GRANDE DO SUL NO ESTÁDIO GIGANTE DA BEIRA RIO


TORCIDA DO GRÊMIO CANTANDO O HINO DO RIO GRANDE DO SUL NO ESTÁDIO OLÍMPICO DE PORTO ALEGRE

"Essa é uma pequena homenagem de um Professor de História PAULISTANO á todos os RIO-GRANDENSES DO SUL, que mesmo com todos os conflitos e desavenças históricos construídos ao longo dos tempos entre as nossas "Terras", não Corrobora com isso , reconhece toda a importância Cultural da REVOLUÇÃO FARROUPILHA e entende sobretudo a importância de toda Cultura do Estado do Rio Grande do Sul assim como todos os aspectos que a constituem.
Parabéns!

"O MEU OBRIGADO ESPECIAL Á DUAS AMIGAS GAÚCHAS QUE ME AJUDARAM NA TRANSFORMAÇÃO DESSE POST. 
Mari Paines
Leila D'Avila
UM FORTE ABRAÇO MINHAS CARAS E QUE CONTINUEM SERVINDO NOSSAS FAÇANHAS DE MODELO Á TODA TERRA" 

Prof. Eliandro.